quarta-feira, 14 de março de 2018

Planalto quer priorizar projetos até abril para evitar ano perdido



Depois de reunião com líderes e vice-líderes no Palácio do Planalto, a equipe do presidente Michel Temer admitiu que o mês de março será de “baixa e pouca produção” no Legislativo por causa da janela partidária e que será preciso priorizar de quatro a cinco projetos para serem votados na Câmara dos Deputados até abril para evitar um ano perdido. Segundo assessores presidenciais, o clima de troca-troca partidário em março torna praticamente impossível votar algum projeto no mês de março e início de abril e que o governo precisa reorganizar sua base aliada para tentar garantir a aprovação de projetos de interesse do Palácio do Planalto.
Hoje, reconhecem líderes, o clima não é favorável ao presidente nem para aprovar projetos que demandam maioria simples no plenário. Foi por isso que, na reunião desta segunda-feira (12) com seus líderes e vice-líderes, o presidente Temer fez um chamamento à sua base aliada para continuar votando temas prioritários para o Planalto.
A equipe de Temer reconhece, porém, que não será possível votar toda pauta de 15 projetos anunciados logo após o reconhecimento público de que não seria possível aprovar a reforma da Previdência neste ano. Na avaliação de assessores, Temer precisa diminuir esta pauta para 4 ou 5 projetos, entre eles a reoneração da folha de pagamento e a privatização da Eletrobras.
Durante o encontro no Planalto, os líderes e vice-líderes prometeram não só votar projetos do governo mas também defender o presidente Michel Temer no plenário do que foi classificado, na reunião, de uma guerra do Ministério Público e do Judiciário contra o emedebista.
Um assessor disse, porém, esperar que isso realmente se torne realidade. Motivo: em outras oportunidades a mesma promessa foi feita, mas não cumprida.
Para tentar garantir o apoio dos aliados e evitar que eles se descolem do Palácio do Planalto, o presidente Temer irá usar a reforma ministerial que será feita no início de abril para garantir a fidelidade dos governistas. E também a liberação de verbas nos próximos meses, o que vem sendo reivindicado pelos aliados.

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