quinta-feira, 9 de novembro de 2017

TCU aponta indícios de irregularidades em 72 de 94 obras públicas



Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada em 94 obras públicas listadas no orçamento de 2017, encontrou indícios graves de irregularidades em 72 delas, informou a corte ontem. As 94 obras fiscalizadas somam R$ 26,2 bilhões, o equivalente a 32,29% dos recursos destinados a obras públicas no orçamento de 2017. Para 11 dessas obras, o TCU recomendou ao Congresso a paralisação, por apresentarem indícios de irregularidades com potencial de causar prejuízos aos cofres públicos.
Obras com recomendação de paralisação são:
·Canal do Sertão (Alagoas): Obra da transposição do Rio São Francisco com o objetivo de levar água a 42 municípios de Alagoas. 
·Obras de construção da BR-235 (Bahia).
·Adequação da Travessia Urbana em Juazeiro – BRs 235/407 (Bahia).
·Construção da Fábrica de Hemoderivados e Biotecnologia (Pernambuco).
·Construção da Vila Olímpica em Parnaíba (Piauí).
·Usina Termonuclear de Angra III (Rio de Janeiro).
·Obras de construção da BR-040 (Rio de Janeiro).
·Construção do centro e processamento final de imunobiológicos (Rio de Janeiro).
·Corredor de Ônibus – SP – Radial Leste – Trecho 1 (São Paulo).
·Corredor de Ônibus – SP – Radial Leste – Trecho 2 (São Paulo).
·BRT de Palmas (Tocantins): o TCU apontou estudo de viabilidade técnica-econômica e ambiental deficiente. A obra ainda não foi iniciada.
O custo estimado de 10 dessas 11 obras é de R$ 25,674 bilhões - o custo do BRT de Palmas está sob sigilo. As principais irregularidades encontradas foram:
·projetos básicos e executivos deficientes;
·sobrepreço;
·superfaturamento;
·descumprimento de cronograma.
Essas informações constam do Fiscobras 2017, relatório anual da Corte de contas sobre fiscalizações em obras públicas. De acordo com a área técnica, a recomendação não é para paralisação de toda obra, mas apenas do contrato onde o problema foi encontrado. Na obra do Canal do Sertão, por exemplo, o TCU recomendou a paralisação do contrato de construção do trecho 5 do canal adutor do sertão alagoano. Esse contrato tem o custo de R$ 447 milhões.
O relatório aprovado ontem será encaminhado ao Congresso Nacional e as informações devem subsidiar a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) quanto à distribuição dos recursos orçamentários para 2018. Os parlamentares, no entanto, não são obrigados a seguir a recomendação do TCU. Informações do G1.

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