quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Assessor diz à PF que contava dinheiro na casa da mãe de Geddel

Assessor parlamentar que trabalhou com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e com o ex-deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão afirmou, em depoimento à Polícia Federal, já ter contado cédulas de dinheiro, em envelopes que continham de R$ 50 mil a R$ 100 mil, a pedido de Geddel. O assessor dos irmãos Vieira Lima foi preso no curso das investigações que encontraram R$ 51 milhões em dinheiro num apartamento em Salvador que estaria sob responsabilidade de Lúcio e Geddel.
A Polícia Federal encontrou impressões digitais de Brandão nos sacos plásticos que envolviam as notas. Impressões digitais de Geddel e de um aliado do peemedebista também foram encontradas nos sacos plásticos.
O dono do apartamento, Silvio da Silveira, afirmou à Polícia Federal que entregou as chaves do imóvel a Lúcio Vieira Lima. O deputado federal teria pedido o apartamento emprestado com o argumento de que precisava guardar documentos da família.  Geddel teve a prisão preventiva decretada por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin. Job Brandão prestou depoimento à Polícia Federal em 19 de outubro, em Salvador. O documento com as declarações foi anexado ao processo no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga a participação de Lúcio Vieira Lima no episódio.
Em seu depoimento, o antigo assessor dos Vieira Lima afirma que recebeu de Geddel dinheiro em envelopes pardos para que ele contasse o valor. As somas giravam em torno de R$ 50 mil a R$ 100 mil, segundo Brandão. Ele afirmou que os pedidos passaram a ter maior frequência a partir de 2010 e costumavam ser feitos num apartamento da mãe de Geddel, em Salvador, num gabinete reservado. Job Brandão disse não saber qual a origem ou a destinação dada ao dinheiro contado por ele, e também afirmou não ter conhecimento sobre o apartamento onde foram encontrados os R$ 51 milhões.
No depoimento, Brandão diz nunca ter recebido dinheiro de Lúcio nessas circunstâncias. O ex-assessor disse também ter manuseado dinheiro de um posto de combustíveis ligado à família de Geddel. Nessas ocasiões, ele disse que o dinheiro era contado e em seguida depositado no banco. Geddel é investigado pelo recebimento de propina por parte de empresários em troca de facilitação ou liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, banco no qual ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica durante parte do primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT)

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