quinta-feira, 9 de novembro de 2017

13º Salário vai injetar R$ 8,57 bi na economia do estado da Bahia, aponta Dieese

(Foto: reprodução)
Com a remuneração do 13º Salário aos trabalhadores haverá uma movimentação de R$ 8,57 bilhões na economia do estado da Bahia, até o final de 2017, segundo o Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Sociais (Dieese). A espera é que os recursos não fiquem parados e sejam distribuídos por 4,7 milhões de pessoas na Bahia, entre funcionários do mercado, aposentados e pensionistas. O capital representa em torno de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
A Bahia corresponde a 3,87% dos valores que serão movimentados no país, e 26,9% se referem a região Nordestina. Em todo o país, o 13º Salario vai deslocar um valor de R$ 200 bilhões. A pesquisa também informa que cerca de 83,3 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.251.
No estado, os trabalhadores do mercado tradicional, celetistas ou estatutários, representam 48,0%, de acordo com informações coletadas no Correio e pensionistas ou aposentados do INSS correspondem a 52,0%. Os funcionários que trabalham em residências e têm carteira assinada pelo patrão participam com 1,3%. Sobre à divisão dos valores em dinheiro que cada categoria receberá, os funcionários formais ficam com 61,6% índice, o que equivale a (R$ 5,27 bilhões) e os que recebem benefícios do INSS, com 31,9% (R$ 2,73 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 5,74% (R$ 492,5 milhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 0,8%, segundo o estudo.
Para o Dieese, até o final de 2017 haverá um aumento significativo (após descontado o efeito da inflação na economia) de 0,5% no volume de capital financeiro do estado da Bahia. Segundo a economista e supervisora técnica do órgão na Bahia, Ana Georgina Dias, o crescimento no volume em dinheiro, mesmo em um período de recessão e crise, é uma consequência do crescimento dos pedidos de aposentadoria ao decorrer do ano. Dias também citou que, devido ao projeto da reforma da previdência, muitos brasileiros ficaram temerosos e solicitaram seus direitos, com receio de que fossem prejudicados. “O valor injetado pelo 13º na economia poderia ser maior, se não fosse a perda de postos de trabalho no país. É um cenário que vem se repetindo desde 2015”, destacou. Segundo também a economista, no ano de 2014, o país tinha 49,6 milhões de trabalhadores formais. Este número caiu para 48,1 milhões em 2015 e para 46,7 em 2016.

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