Um novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) revela uma queda de quase 50% no número de mortes pela doença desde 2005, quando 1,9 milhão de pessoas perderam a vida por causa da epidemia em todo o mundo. No ano passado, foram apenas 1 milhão de pessoas. O documento mostrou ainda avanços no tratamento: mais da metade dos 36,7 milhões de soropositivos estavam recebendo medicamentos contra o vírus em 2016. Isso representa 53% de pacientes tomando antirretrovirais e com uma "expectativa de vida quase normal". Segundo a Agência Brasil, o vice-diretor executivo do Unaids, Luiz Loures, em Nova York, alertou contudo que os progressos não devem servir como desculpa para baixar a guarda no combate ao vírus. "Com decisão política, com o envolvimento de comunidades e com os recursos necessários, cada vez mais nós estamos convencidos que podemos chegar ao fim da epidemia", disse. Ele ressaltou que a boa notícia atualmente está relacionada ao avanço na doença. "O número de pessoas tratadas hoje no mundo é quase de 20 milhões, o que nos dá sem dúvida a esperança. Nós estamos no ritmo para se alcançar a meta de ter 30 milhões de pessoas em tratamento em 2020, para a partir daí chegarmos a 2030 com essa epidemia sob controle", afirmou. Os objetivos das Nações Unidas para o combate a Aids conhecidos pela sigla 90-90-90 pretendem que pelo menos 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas, 90% destas recebam a terapia e que desse grupo 90% de pessoas tenham a infecção suprimida até 2020. Atualmente o desempenho alcançado é de 70-77-82 respectivamente. *BN
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