quinta-feira, 18 de maio de 2017

Geração de emprego desloca-se para municípios com vocação na agropecuária

Dados observados nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam a tendência de que neste ano as vagas com carteira assinada na Bahia devem se deslocar dos centros urbanos para municípios com maior vocação para a agropecuária. Segundo o economista Gustavo Etkin, analista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), as razões para este movimento é a recuperação das lavouras dos efeitos mais rigorosos da seca, por um lado, e a lenta reação dos setores da Construção Civil e do Comércio Varejista frente aos impactos da crise econômica, por outro. Em abril, os dois municípios com maior saldo de criação de empregos com carteira assinada (forma de empregabilidade medida pelo Caged) foram Itamaraju, no Extremo Sul da Bahia, com 1.305 (1.510 contratações menos 205 demissões) e Eunápolis, 1.087 (1.782 admissões contra 695 desligamentos). A soma dos novos postos criados apenas nestes dois municípios, 2.392, corresponde a praticamente um terço – 33,25% – do saldo de 7.192 posto formais criados pela Bahia no mês passado. Segundo Etkin, esse resultado se deve ao início da colheita da safra de café, em um movimento de criação de vagas que deve se repetir até o mês de setembro, inclusive se refletindo no comércio dessas cidades. Com maior número de empregados no campo, o varejo destas cidades deve vender e contratar mais, pelo menos até o fim do ciclo da colheita, acredita o economista. Para Etkin, as grandes cidades da Bahia, principalmente Salvador, ainda vão sofrer os efeitos da crise no mercado de trabalho. Entre os motivos listados por ele estão o contingenciamento de investimentos públicos e privados impactam negativamente no mercado de trabalho, que  restringe a abertura de postos de trabalho, especialmente os formalizados; a dificuldade de acesso a ao crédito, que dificulta as vendas do comércio e na Construção Civil; e a queda de renda do trabalhador, que o faz comprar menos no varejo. Com informações do jornal Correio

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