sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Servidores penitenciários paralisam atividades por 72 horas

Servidores penitenciários paralisam atividades por 72 horasOs servidores penitenciários do Estado da Bahia paralisaram suas atividades por 72 horas na manhã desta quarta-feira (17/08). Na capital, a categoria ficou concentrada em frente ao Complexo Penitenciário de Salvador, em Mata Escura. Os servidores realizaram uma assembléia geral e marcaram uma nova assembléia para a próxima sexta-feira (19/08), onde será decidida a deflagração de greve. No interior a categoria também aderiu ao movimento, em todas as unidades prisionais administrada sob a gestão plena do Estado. Os servidores reivindicam a convocação dos aprovados no último concurso de 2014. E questionam o fato do Estado da Bahia contratar trabalhadores terceirizados para atuarem em substituição aos agentes penitenciários efetivos, mesmo havendo concurso público válido com 1128 candidatos aprovados aguardando nomeação. Sendo desnecessária a contratação de agentes de disciplina para o exercício da mesma função de um Agente Penitenciário. Outro motivo que deixa os servidores insatisfeitos é o fato de o Estado anunciar inauguração do Conjunto Penal de Vitória da Conquista no próximo dia (19/08). Tal decisão demonstra total desrespeito ao judiciário baiano, haja vista que existe uma decisão proferida pelo juiz da 7° vara da fazenda pública Dr. Antônio Bosco de Carvalho Drummond que proíbe o Estado da Bahia de contratar empregados terceirizados para a função de Agentes Penitenciários. No novo presídio, o Governo ficaria responsável pelos cargos de Diretor, Diretor Adjunto e Coordenador de Segurança, em uma manobra para burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Constituição Federal. Enquanto que uma empresa terceirizada será responsável pelas atividades finalistica, a exemplo da custódia e triagem de presos, atividades típicas de estado e portanto indelegaveis. A terceirização nas unidades prisionais representa uma grave afronta aos princípios constitucionais e administrativos do ordenamento jurídico. Seria uma inconstitucionalidade, uma vez que a segurança pública e justiça são funções típicas de Estado. O Sinspeb agradece a participação de todos os servidores penitenciários e servidoras que estiveram presentes no primeiro dia movimento e pede que todos continuem fortalecendo o movimento mantendo a paralisação de 72 horas. A participação de todos é muito valorosa para manter o movimento forte e unido em busca de vitórias.

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