segunda-feira, 25 de abril de 2016

Mulher com câncer terminal casa em capela de hospital

Foi durante uma festa em Ceilândia Norte, localizado no Distrito Federal, que Lidiane Santos e Edgard Bezerra se conheceram. Eles contam que foi amor à primeira vista e que Edgard passou um ano tentando convencer os sogros a autorizarem o namoro.
Após 18 anos de relacionamento e quatro meses pensando em cada detalhe, finalmente o grande dia havia chegado. O casamento era a realização de um sonho para a ex-fotógrafa e para o agente de reintegração social.
A cerimônia foi realizada na sexta-feira (22/4), na capela do Hospital Universitário de Brasília (HUB); não foi o local planejado, afinal, eles não contavam com a doença da noiva, descoberta em novembro.
 Aos 32 anos, Lidiane é uma paciente em estado grave, internada há aproximadamente um mês na Clínica Médica do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB).
Ela sofreu metástase de um câncer de colo de útero. Desde o diagnóstico do tumor, a ex-fotógrafa passou por cinco sessões de quimioterapia, 25 de radioterapia e quatro braquiterapia (uma espécie de radioterapia interna).
Ela não pôde operar o tumor que é considerado raro. A cerimônia só foi possível graças à ajuda de uma associação de voluntárias, que conseguiu doação do vestido, do bolo, do buquê e dos registros em imagens.
A celebração foi curta e acompanhada apenas por familiares, alguns amigos e as voluntárias. A noiva precisou ficar o tempo todo sentada, devido às dores que sentia por conta do tumor que se irradiou para outras partes do corpo. A daminha de honra foi a filha do casal, Geovana, de 4 anos.
Em entrevista à Globo, Edgard desabafou sobre o casamento. “No dia de hoje estou um pouco mais confortado, mas por outro lado um pouco vazio, sabendo o tamanho perigo que é essa doença. Geovanna pergunta constantemente, fala com saudade da mãe. Em casa, a saudade é grande. É muito triste ir lá, vê-la e não poder trazê-la comigo”.
O noivo, de 39 anos, conta que ainda tem esperanças de ver a esposa curada e afirma que a mulher tem consciência da gravidade do quadro. O casal se vê todos os dias, durante as visitas, e sonha com um segundo filho e um apartamento próprio

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