sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Redução da campanha eleitoral tornou Carnaval político mais morno em ano de eleição

Redução da campanha eleitoral tornou Carnaval político mais morno em ano de eleição
Para quem se acostumou com revelações políticas no período do Carnaval, a Folia de Momo de 2016 deixou a desejar. O encurtamento do processo eleitoral – que agora passa a ter 45 dias – foi a principal desculpa utilizada por interlocutores políticos para sugerirem o clima morno para se falar das urnas. Tanto que os holofotes ficaram divididos entre o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador Rui Costa (PT) – com direito a polêmicas requentadas a exemplo do protagonismo da festa e a exclusividade da venda de cervejas nos circuitos da folia. Do lado da prefeitura, os possíveis vices, leia-se Luiz Carreira, Silvio Pinheiro, Bruno Reis e, dentro do espaço do ego da vice-prefeitura, Célia Sacramento, ficaram nas sombras do chefe do Palácio Thomé de Souza – estratégia político-eleitoral típica para quem deve se candidatar à reeleição. Entre os aliados do governador, os prováveis candidatos do PT, Juca Ferreira, Valmir Assunção e Gilmar Santiago pouco apareceram; Alice Portugal (PCdoB) centrou o discurso no debate da cervejaria e contra a prefeitura – sem surpresas -; e Pastor Sargento Isidório (Pros) seguiu invisível para a imprensa na festa da carne (pecado na concepção religiosa, talvez). Diferente de 2014, quando João Leão apareceu como vice de Rui na Festa de Momo, e de 2012, quando muito se especulava sobre a sucessão de João Henrique, o Carnaval de 2016 ficou aquém de revelações políticas. Ponto para ACM Neto que conseguiu demarcar-se como favorito à reeleição e para o governador Rui Costa, que se consolidou como contraponto ao protagonismo na organização da festa.

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