Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
A nota pública do presidente do PT, Rui Falcão, foi
determinante para a entrega da cabeça do senador e líder do partido no
Senado, Delcídio do Amaral. A decisão do plenário por 59 votos contra
apenas 13, foi esmagadora para que o líder fosse mantido preso, conforme
encaminhou à Casa o Supremo Tribunal Federal. A Segunda Turma do STF
tinha decidido à unanimidade, por cinco votos a zero. O PT se
desmoralizou de vez e deve ter aberto a grande janela para serem
apuradas as mazelas que recairão sobre os políticos, como já era de se
esperar. Desmoralizou-se porque o partido dá toda proteção o seu
ex-tesoureiro, João Vaccari Neto, e abandonou Delcídio a partir de uma
nota falaciosa em que, na síntese, afirma que o PT nada tem a ver com a
questão. O Senado da República, dito pelos seus senadores, experimentou
um dia amargo. Pela primeira vez um senador no exercício do seu mandato
foi trancafiado e por lá ficará por muito tempo por ter atingido o
Supremo Tribunal Federal. Não somente ele, mas o controlador do BTG
Pontual, André Esteves, o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira e
o advogado Edson Ribeiro, que teria já sido preso nos Estados Unidos.
Foi um dia de cão acompanhado por boa parte dos brasileiros numa sessão
do Senado que foi transmitida ao vivo. Complicou-se definitivamente a
imagem dos políticos e lançou o PT num lamaçal, o que não era esperado.
Foi uma sessão histórica como nunca houve. Espalhou-se rapidamente o
vídeo gravado pelo filho de Nestor Cerveró, que deverá agora fazer uma
delação premiada enquanto Delcídio foi acusado de tentar atrapalhar as
investigações da Operação Lava Jato. O que Cerveró dirá na sua delação é
uma incógnita, mas poderá atingir o Palácio do Planalto, basicamente a
presidente Dilma Rousseff, supostamente também envolvida na compra da
refinaria Pasadena.
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